sexta-feira, 27 de maio de 2011

- E você, quem é você?
- Eu sou quem te tortura todas as noites, que faz com que sua alegria acabe em minutos, eu sou quem te faz ter pesadelos e não ter pra quem ligar, sou quem te deixa insegura e confusa, sou quem acaba com sua alma e com sua esperança, sou quem te faz deixar de sonhar e sabe mais? Eu te manipulo o tempo inteiro, te hipnotizo e faço que as coisas pesem tanto, que você tenha vontade de desistir. Prazer, sou seu eu totalmente secreto e interior que vem a tona todas as noites.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

De repente você voltou correndo só pra me puxar no meio da rua e me dar um beijo.
Foi um recomeço de paz, a cinco dias tenho essa sensação, de que independente de o que e como seja, eu tenho recomeçado em paz, por saber que não houve furos, que foi puro. Quero que você saiba que eu correria mil ruas,só pra te puxar e também te dar um beijo.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

"Reza a lenda que a menina andava pela beira da praia recolhendo espelhos partidos, conchas amarelas e estrelas de cinco pontas. Chamava-se Ana, a menina de cândido semblante. As ondas induziam cavalos-marinhos a fazerem cócegas nos seus pés. A maré mudava de acordo com o relógio biológico dela. E os pescadores das redondezas costumavam consultar o horóscopo da menina antes de conduzir suas embarcações.
Corria a boca pequena que a paixão do mar por Ana sincronizava o ritmo e o som das águas. Era realmente um atrevimento, um despautério aquele caso de amor. Ninguém concordava ou achava possível que aquilo pudesse ter um final feliz. Eis, que certa vez, uma Ana decidida subira até o ponto mais alto da ilha. Estava resolvida, a menina. De cima da pedra: saltou.
Espalhou-se na imensidão que tanto a encatava. Conta a lenda que, deste dia em diante, o mar nunca mais foi o mesmo. Suas ondas pareciam margear o olhar de Ana derramado. Suas águas traziam o cheiro e o gosto do amor da menina: tudo nele tornara-se salgado. O fenômeno causou estranheza em todos na pequena ilha. Inexplicavelmente, o mar carregava agora azul sob a pele e sal sobre as águas. O mesmo sal do amor da menina. O mesmo azul do olhar outrora derramado."


Maíra Viana

terça-feira, 17 de maio de 2011

Esperneia no papel.

Feita pra singularidade e quando se torna plural, leva acima de tudo o amor altruísta, não que não pense em mim, mas penso muito mais em quem eu amo.
Eu tenho um amigo, que me fez ter orgulho de mim mesma e tive um anjo, meu anjo protetor, na verdade eu tenho um anjo e ele me faz lutar e me faz me perder, mas que acima de tudo, me da uma paz só de ouvir a própria voz. Um amigo e um anjo. Dois amigos e um anjo. Todos no final se tornam anjos, todos aqueles que tem me acompanhado nos dias estranhos, mesmo sem ao menos saberem que estão me acompanhando.
Tem horas que eu quero me sentir amada e esse meu amigo também tem horas que quer isso, ele lê antigas cartas e bilhetes, eu já apaguei todas as cartas e bilhetes, eu me lembro dos momentos e das promessas de alegria, eu me sinto triste e meu amigo se senti realizado. Acho que tenho muito o que aprender ainda com ele.
Meu anjo se prende ao seu passado e faz de lá seu porto seguro, eu me prendo na tentativa de superar as dores e isso acaba me fazendo prender ao passado. Eu e meu anjo temos muito o que ensinarmos um ao outro, mas ele não sabe lidar com isso e se manter afastado faz com que ele ache que pode fazer bem a nós, eu aceito, mas deixo claro a minha vontade de que possamos superar juntos.
Minha amiga é foda, ela está sempre comigo, fala o que devo ouvir e nem sempre o que quero, ela passa por dias tão complexos e acaba sendo sozinha, mesmo que eu esteja ao lado dela, sei que ainda senti isso. Ela não imagina o quanto é importante, o quanto eu vou protege-la e fazer com que os rumos se tornem fáceis, pois é com ela que aprendo a me superar, ela me conta seus casos, me mostra seus erros e me da um norte, uma direção quando o meu anjo não pode ficar presente. Ela se mostra presente, ela mostra sua opinião e muita gente não entende o seu jeito, mas ninguém não sabe nem o mínimo do que ela já passou e do que ela precisou passar por aqui.
São quatro vidas contando com a minha, quatro histórias, quatro versões e quatro amores, amores eternos.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A volta por cima?

Noites em claro, uma dor sem que ninguém consiga tampar, o tempo, outras ocupações, mas ainda me perco e acabo te ligando. Ouvir sua voz me acalma, me da paz...
Apesar disso, coração tranquilo e cheios de esperança que logo tudo ficará bem, dessa vez pra mim. Eu que acabo me deixando de lado por tantas vezes, tenho começado a realmente ir atrás do que eu preciso agora, afinal ir atrás disso me faz esquecer toda a dor que sinto quando chego em casa e meu coração aberta.
Pela primeira vez chorei até vomitar, nunca tinha me sentido assim, mas era como se eu tivesse literalmente colocado tudo pra fora, acordei mais leve, o dia fluiu bem, não tenho me sentido tão mal a não receber suas mensagens e declaração, tudo se torna mais calmo. Mas ainda faz falta.