domingo, 30 de outubro de 2011

Cinco meses depois.

Um abraço, carinho nas mãos, quando dei por mim já estávamos entrelaçadas sobre um calor, nos olhamos e rimos. É, sabíamos que aquilo uma hora ia acontecer, mas ali, daquele jeito, com todas a amizade, não estávamos ali por amor, era simples prazer.
Corpos quentes, dentro de uma barraca, com chuva lá fora, novidade para a companheira, primeiro beijo, primeiro contato pra ela. Pra mim, foi bacana, saber que estava abrindo a visão de alguém. Risos, beijos, sexo.
Depois um vinho, como se nada tivesse acontecido, novamente risadas, por dentro, um passo enorme, após cinco meses, consegui me entregar pra alguém. Não que tenha sido uma entrega de alma, mas foi um alívio, não me culpar, não me julgar, me sentir. E me sentir completa.
“Claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, e eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca que só umedece com vodca, me passa o cigarro, não, não estou desesperada, não mais do que sempre estive.”

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Adormecer.

Na estrada o farol de quem se foi já não ilumina quando te beijar. Parece que a vida inteira esperei para te mostrar que na rua dia desses me perdi, esqueci completamente de vencer.
Mas o vento lá da areia trouxe infinita paz.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sereno.

Nunca mais tive coragem de escrever ou direcionar qualquer palavra a você, mesmo te vendo, o coração se manteve quieto, tão quieto que pareceu não existir, não chorei, não estremeci, foi estranho te ter por perto novamente e ver como tudo está diferente.
É, tenho me perdido sim, mas tenho lutado por milhares de objetivos e ideias que acredito que possam fazer diferenças nesse mundo onde as injustiças e desigualdades são gritantes. Faço por mim, por você, pelos meus e pelo povo. Você me abriu uma visão de mundo diferente, você me mostrou o poder de ser e agir.
Você foi tudo mas atualmente foi só o começo, porque a minha história, deixa que eu escrevo.

Lembranças de um grande amor.

domingo, 2 de outubro de 2011

Yellow.

'Não haverá volta, sofrimento, dor, erros do passado', foi isso que um amigo leu ao falar do amor pra mim, após uns dois minutos sem reação, me senti sufocada, como se tudo aquilo tivesse sido jogado na minha cara com uma forma de me fazer desistir.
No dia seguinte enxi a cara, ri, me diverti e não senti a sua falta. Grande vitória, não sentir mais sua falta. Parei de criar planos e um futuro, parei de ver nossas vidas unidas, segui olhando para as estrelas e deixando elas me guiarem.

"For you I'd bleed myself dry
It's true, look how they shine for you" Yellow - Coldplay